E se chove? Ou se eu tenho um furo na bicicleta?
Estas foram algumas das dúvidas que me assaltavam na passada segunda-feira à noite.
Mas porque não hei-de ir de autocarro e bicicleta, como quando vou para o escritório?
Tinha-me comprometido a ir assistir a uma conferência no Museu do Oriente, que começava às 09:00.
Como habitualmente, saí no Campo Grande do autocarro com a minha dobrável. O dia não prometia, com minúsculas gotículas de água a cair do céu cinzento.
Segui pela ciclovia até Entrecampos, onde desmontei até entrar na 5 de Outubro, que percorri até ao seu final.
Depois de passar em frente à Maternidade Alfredo da Costa entrei brevemente na Fontes Pereira de Melo para a poder atravessar na passadeira (desmontado) e começar a percorrer (já montado) a Rua Martens Ferrão em direcção à Luciano Cordeiro. Depois foi "descer" a Rua Luciano Cordeiro e Rua do Conde de Redondo.
Finalmente segui pela recém-acalmada Av.ªda Liberdade até aos Restauradores, de onde segui até à Praça do Comércio (através da Rua do Ouro) para apanhar, finalmente, a Rua do Arsenal que me deixou no Cais do Sodré.
No Cais do Sodré, contornei a estação de comboios e segui pela ciclovia que aí começa até Museu do Oriente.
Cheguei mesmo em cima da hora! Mas cheguei.
Procurei - sem sucesso - por um parque apropriado para bicicletas... Até que me lembrei de perguntar aos seguranças se haveria algum local para a deixar.
Disseram-me que a podia deixar com eles, no centro de segurança: fantástico! A bicicleta ficou guardada, em segurança, e abrigada da eventual chuva que pudesse cair!
Depois da conferência, quando ia para voltar para o escritório... reparei que tinha o pneu da frente em baixo!
Vestido de fato e sem qualquer ferramenta ou câmara de ar suplente vi-me sem grandes alternativas. Ainda pensei em apanhar um táxi para o escritório, levando a "dobradinha" na bagageira mas, sinceramente, não me apetecia ir dar 7 ou 8 euros por um trajecto que eu faria de bicicleta de forma perfeitamente agradável...
Depois lembrei-me do Bruno, da Cenas a Pedal, que tem um serviço espectacular: o Bicycle Repair Man!
Liguei-lhe e perguntei se lhe seria possível vir ajudar-me. Aproveitei para lhe pedir que me trouxesse um pneu novo para a frente (o primeiro, de origem, já não me oferecia confiança porque estava a ficar careca... talvez tenha sido por isso que furou).
O valor da manutenção da bicicleta lá aumentou um pouco, com um novo Schwalbe Big Apple para a roda da frente.
Como o Bruno me disse que demoraria cerca de meia hora (e, efectivamente, não demorou mais do que isso), fui almoçar ao snack-bar do Museu do Oriente enquanto ele não chegava.
O Bruno, da Cenas a Pedal, a equipar-se para começar o trabalho, com a sua Surly Big Dummy com um kit BionX
Em pleno trabalho, soltando o V-Brake
Retirando o que resta do ar do pneu furado, para o poder mudar.
Escusado será dizer que, depois de um almoço saboroso e de ter a ajuda do Bruno para arranjar a bicicleta, fiquei com um outro ânimo!
Não demorei muito, pois ainda acabei por chegar cerca de 20 minutos antes da minha colega de escritório que também tinha ido à conferência e que depois regressou de autocarro!
Tudo isto para demonstrar que é possível utilizar a bicicleta como um meio de transporte, mesmo para quem viva longe do trabalho, como eu!
Excelente relato. Grande(s) Bruno(s) .... :)
ResponderEliminarThanks!
EliminarBoa... quanto é que custou o "Bruno" das cenas a pedal? mais ou menos que o taxi? ;)
ResponderEliminarAo todo o Bruno cobrou € 15,00 (com IVA incluído na factura) pela deslocação e trabalho de substituição do pneu.
EliminarComparando directamente os valores, o Bicycle Repair Man saiu mais caro do que custaria a viagem de táxi.
No entanto, se tivesse de pagar no táxi o extra da utilização da bagageira para ir até ao escritório e, talvez, ainda a deslocação (de metro ou autocarro) para ir ao fim do dia do escritório até ao Campo Grande, demoraria muito mais tempo (que, na minhha profissão, é mesmo dinheiro) e em termos de custos financeiros imediatos custaria praticamente a mesma coisa.
Abraço.