sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Andando pregiçosamente de bicicleta...

Para aqueles que gostam de andar preguiçosamente de bicicleta: não é necessário andar devagar... basta andarem reclinados! 

😅
😅

quarta-feira, 22 de março de 2017

Livro "Barring Mechanicals - from London to Edinburgh and Back, on a Recumbent Bicycle"





Imagine que gosta muito de andar de bicicleta que essa bicicleta é reclinada e que quer andar até não poder mais!


Fotografia constante do website da Challenge Bikes,

1. O Autor

Andy Allsopp é um ciclista que partilhou connosco o desafio que decidiu enfrentar: o Londres – Edimburgo – Londres (1.433 km).




Trata-se de um desafio extremo (realizar aquela distância em autonomia, i. e., sem um carro de apoio ou qualquer equipa que auxilie o ciclista, em até 100 horas) que é partilhado pelo autor nas linhas deste livro de uma forma bem disposta.


2. A história

O livro relata (em Inglês) a preparação de Andy ciclista e as contrariedades que enfrentou na prova. É muito interessante conseguir perceber como é que ele se preparou para o evento e como lidou durante o evento com a carência de sono, com o cansaço, com a chuva e com a alimentação.

A páginas tantas, a roldana da frente da corrente (que serve para manter a corrente de retorno, onde não é exercida a força de tracção, longe do garfo e da roda da frente) solta-se e sai a rolar pelo chão! Andy resolve esta situação colocando zip ties (aquelas pequenas fitas plásticas que servem para apertar cabos e fios juntos e que algumas forças policiais também utilizam como algemas) em torno do eixo onde ficava a roldana, evitando, assim que a corrente raspasse directamente no eixo, estragando-se a si mesma e ao quadro. Miraculosamente, há inúmeras pessoas que Andy vai encontrando ao longo do caminho e que lhe vão dando mais e mais zip ties! Consegue chegar ao fim com esta solução!

Uma outra contrariedade que teve foi a chuva, bem como o facto de a consequente sujidade ter criado Gremlins na transmissão... Os desviadores (da frente e de trás) foram ficando sem funcionar! Não tendo como limpar (e, talvez, não percebendo muito de mecânica para saber que seria preciso limpar bem e olear novamente a corrente e os desviadores durante a prova), Andy viu-se forçado a andar muitos kms sem conseguir mudar mudanças, tendo ficado primeiro preso na mudança mais pesada de trás (11 dentes), apenas a podendo conjugar com 39 ou 53 dentes à frente e, mais tarde, ficando preso na mudança mais pesada de todas: 53 à frente e 11 atrás! Para terem uma ideia de quão pesada é esta mudança, pensem que por cada rotação completa dos pedais se viajam quase 10 metros (na verdade, são exactamente 9,5 metros por rotação)!

São peripécias que o autor conta com bom humor e que podem manter o leitor preso ao livro.


3. As minhas impressões
 
O livro não é particularmente grande e talvez por isso também tenha um preço bastante acessível na versão digital, sendo de fácil leitura.

A escrita de Andy tem a capacidade de nos transportar para dentro deste desafio épico, dando-nos uma boa imagem da resistência física e, essencialmente, psicológica que é necessário ter para enfrentar estas distâncias.


Não nos são dados muitos pormenores técnicos (tirando os relativos ao bloqueio das mudanças e à utilização dos zip ties), pelo que para quem pretender um livro que contenha esse tipo de informação, acaba por não satisfazer tal desejo. 

Boa leitura!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Andar de bicicleta durante a noite - Equipamento - Luzes de dínamo

Como expliquei no último post, para mim, as luzes, para além de iluminar bem, têm de estar sempre prontas a utilizar e têm de poder ficar na bicicleta quando é necessário deixá-la estacionada ou presa enquanto tratamos da nossa vida. Estes aspectos práticos também garantem que podemos andar sempre que quisermos e durante o tempo que quisermos ou precisarmos. O facto de serem práticas de utilizar também garante que estamos sempre mais seguros.

Sempre que participei em eventos de longa distância, em que se pedalou pela noite e pela madrugada fora, senti que o facto de não ter de me preocupar com a bateria das luzes foi uma grande vantagem: pude concentrar-me apenas em andar de bicicleta.

Com uma solução de iluminação permanente, é só montar na bicicleta e está-se pronto a andar, seja dia ou noite, sem termos de nos preocupar se temos ou não a bateria das luzes carregada; as luzes estão lá e estão sempre prontas a iluminar. 

Na bicicleta de estrada que podem ver abaixo tenho instalado um sistema da Bush & Müller que funciona exclusivamente com um dínamo de cubo (um Shimano Deore XT VR Dynamo T785 100 DH).

 
O dínamo está localizado no eixo da roda da frente.


Este tipo de cubos praticamente não tem atrito quando comparado com os antigos dínamos de garrafa, como os da imagem abaixo.


O dínamo de roda faz parte da própria estrutura da roda, constituindo o respectivo eixo. 


Vista do cubo de roda com o dínamo

Naturalmente, é mais pesado um pouco do que um cubo normal, mas gera 6volt de energia com 3W de potência sem se sentir que a está a produzir e sem qualquer ruído.


Estas são as luzes que tenho utilizado. Na minha opinião, têm ambas muita qualidade e são fiáveis.

A iluminação que tenho na minha actual bicicleta é a 
que consta deste vídeo (a da frente, pelo menos)


Este dínamo alimenta as luzes, sendo que a da frente é responsável por fazer a gestão da iluminação. Esta tem um interruptor com três posições: desligada, luzes de iluminação diurna (daytime running lights) e sensor de iluminação.

Quando se liga a luz da frente, esta  acende imediatamente a de trás e ambas têm uma reserva de energia que as mantém acesas durante uns minutos após a nossa paragem. Este sistema garante que, quando paramos, por exemplo, num cruzamento de estradas.

O material que eu estou a utilizar é o seguinte:
      - Dínamo de cubo de roda - Shimano Deore XT VR Dynamo T785 100 DH
      - Luz da frente - Bush & Müller LUMOTEC IQ Cyo T Plus Senso
      - Luz de trás - Bush & Müller Secula Plus

Na próxima mensagem falarei do estabilizador de corrente E-werk que estou a utilizar em conjunto com as luzes de que vos falei hoje.  

Low Altitude Flying